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então é todo o rio que é dinamizado. E que dinamismo
Com que desenvoltura o poeta nos liberta do grosseiro mi-
metismo da fonte! Para ser uma fonte mallarmeana, é ne-
cessário não apenas sair da terra com o frescor e a singeleza
de uma água que se oferece a seu Narciso; é preciso ter
imediatamente a nostalgia dos leitos subterrâneos; é neces-
sário ter. desde o primeiro movimento, a apreensão dos ca-
O DEVANEIO MÂLLARMEA'\'O 131
prichos do riacho; desde a primeira claridade, desde a pri-
meira impressão aérea, é necessário sentir o cansaço, o tédio,
o peso dos azuis refletidos. Brutalizemos a imagem até obter
uma definição : brotar é hesitar em sair. Eis ritmanalisada,
à luz da poética mallarmeana, a imaginação da fonte. A
imagem da fonte que, para tantos poetas, é uma imagem
monótona, monódroma, recebe aqui dois movimentos con-
trários. 0 absurdo de tal idéia é transcendido por suas
vibrações.
V.-E. MICHELET*
"Une legende, c'est une quintessence de véritê
possible.* 1
Victor-Emile MICHELET,
Figures cfevocateurs.
I
Talvez nunca uma escola literária tenha sido, ao mes-
mo tempo, tão completa e tão homogênea quanto o simbo-
lismo francês. Além disso, para conhecer a solidez e o brilho
desse grupo de poetas, não se deve se limitar ao estudo dos
mestres incontestados. É preciso fazer viver a memória de
seus companheiros, entrar na própria vida de sua confraria.
Tal serviço é o que um jovem inglês acaba de prestar à
história da poesia francesa, ao escrever urna tese de douto-
rado sobre um poeta simbolista pouco conhecido.
Victor-Kmile Michelet esteve, no simbolismo, em cons-
tante ressonância com os maiores. Dele poder-se-ia dizer
que, por sua atividade nos gêneros mais diversos, teatro,
poemas, contos, foi o homem de ligação entre todos os poetas
de seu tempo. A história o prova, uma história ignorada
que Richard Knowles felizmente recuperou. Em sua che-
gada a Paris, há cerca de cinco anos, Richard Knowles teve
oportunidade de conhecer os fiéis a Michelet, agrupados em
uma Sociedade dos Amigos de Victor-Emile Michelet. Esses
!.-/" ;. MICHELET m
poetas, René-Albert Fleury entre outros, abriram-lhe seus
arquivos, reencontraram para ele recordações lendárias de
um tempo em que a poesia era símbolo de vida superior.
Mme. Victor-Emile Miehelet confiou-lhe inúmeros documen-
tos. Que surpresa para mim quando meu jovem amigo me
trouxe cartas do outro século, toda uma correspondência na
qual Villiers de L'Isle-Adam, Stanilas de Guaita, Barres,
Mallarmé, reconhecendo Miehelet como par deles, revelam-
se como os voluntários da poesia conquistadora! Agora que
estamos distantes desse heroísmo da poesia, agora que tantos
símbolos resplandecentes não são mais para nós do que poesia
que perdeu o brilho, não compreendemos mais esses tempos
nos quais o símbolo era a potência inata que fazia com que
de um poema a outro a imagem simbólica renascesse, como
uma fênix, de suas cinzas. A partir de um único símbolo
todo o simbolismo resplandecia. Parece que cada símbo-
lo podia condensar todas as forças poéticas de uma alma de
poeta. Um símbolo essa mônada poética! redizia. à
sua maneira, toda a harmonia poética do mundo. E cada
símbolo reanimava um passado de lenda e de história. A
poesia era então uma grandeza humana que abria um futuro.
Se se deseja reviver com intensidade essa virtude de
união que, sob o signo dos símbolos, animou essa cavalaria
de poetas que foi o simbolismo, bastará ler as páginas que
Victor-Emile Miehelet escreveu sobre Villiers de L'Isle-
Adam.
Que tempos em que um feixe de símbolos podia dar
unidade a um drama como AxeV. Então, o drama simbólico,
o drama ao nível do símbolo, separava imediatamente o
iniciado do profano. Ao sair da representação de Axel, em
1890, Victor-Emile Miehelet anotava que os críticos oficiais
estavam perturbados : '"'Eles não ousavam sequer não gos-
tar.*' Victor-Emile Miehelet foi enfeitiçado pela arte de
Villiers de L'Isle-Adam. Um dos ""Contos sobre-humanos"
de Miehelet, Sardanapalo, está inteiramente sob o signo de
Axel. A Possuída e O Cavaleiro que carregou sua cruz são,
de algum modo. Villiers de L/Isle-Adam em menor tensão.
134 O DIREITO DE SONHAR
Mas, justamente, quando se compreende que o símbolo é
essencialmente um ser de poesia dinâmica, essencialmente
uma tensão das imagens condensadas, vê-se como as expe-
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